14.7.11

novos tempos

Como já disse na primeira postagem, todas as fotos postadas até aqui foram realizadas com uma câmera automática Panasonic DMC-LS80LB-K. Daqui por diante, no entanto (como se pode ver nas três fotos mais recentes), farei uso de marcadores para registrar o modelo da câmera, e é claro que existe uma razão para isso: a chegada da minha Sony DSC-HX1. Comprei a nova câmera para filmar e para aprender um pouco de fotografia, pois ainda que eu não alimente nenhuma pretensão quanto a tornar-me um "profissional", acho um tanto deprimente deixar todas as decisões a cargo da máquina. Pretendo assumir, aos poucos, essa prerrogativa, fazendo uso da pequena parcela de massa cinzenta que me cabe. Quando essa hora finalmente chegar, discretas anotações técnicas (para uso dos entendidos) aparecerão ao pé de cada foto.

E como esta é uma das raras vezes em que deixarei algumas palavras neste blogue, não custa mencionar que, entre as fotos postadas até aqui, duas foram objeto de uma pós-produção digital ("tempo", "nº 1"), e que apenas algumas foram cortadas de modo a ganhar um enquadramento ligeiramente distinto: "ancoradouro", "morro do estado", "ouro" e "areia". Todas as outras foram postadas (embora com menor resolução) tais quais foram tiradas, e isso se explica facilmente pela paixão com que eu encaro a fotografia como enquadramento. É claro que a fotografia é luz, tal como a música é som; mas é no enquadramento que eu enxergo o aspecto propriamente composicional da fotografia, aquele em que se evidencia uma espécie de "olho espiritual" autônomo que não se explica pelo "meu" olhar. Se eu quero aprender um pouco de "técnica", na verdade o mínimo necessário, é apenas para que a técnica se torne uma "segunda natureza" do meu ato de fotografar. Mas o ato, nele mesmo, está muito além da técnica, e muito além daquele que aperta o botão.
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